domingo, 26 de dezembro de 2010

Templum romanum

Surgem tramas, surgem causas...
Surgem beijos, pequenas asas...

Poema discreto, em gaveta esquecido
Corpo incerto, num pequeno pedido...

Vejo os teus olhos, aprecio os teus lábios
Os primeiros húmidos, os segundos cerrados...
Passam horas, momentos insanos...

Poema tamanho de tão fechado estranho.

Assim como nós de tão longe...
Feito perto... do nosso amor incerto...


domingo, 24 de outubro de 2010

Escrevo

Ao tempo que não escrevo me desculpo
que esse tempo que em mim tenho perdido
é tempo que tempo traz esquecido
escrevo hoje porque me culpo,
de antes o não ter feito e merecido.

Quero escrever em todo o lado
no céu, nas paredes, no mar salgado.
Porque a vida vive-se morrendo
passa por nós acontecendo.
E quando se sente tem-se acabado.

Passaram horas e ninfas e prosas e poesias
Passaram noites nos meus infames dias...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Brisa

A lua acalma a fúria das marés
e onde havia fúria
existem agora silêncios calmos
de amor amor sereno e tranquilo.
Onde cada momento não se esgota
num agora e já de tormento,
mas numa brisa solene e de ternura.
Brisa essa que revê num futuro
que espelha numa doçura
de pequenos momentos,
de grandes sentimentos.
Sinto paz, na tranquilidade do nosso amor.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sabor a Ti

Se até o mar revolto se acalma,
Se até o pior fogo se amaina,
Se até o mais duro gelo derrete,
A pior loucura o amor comete!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Escrever em Prosa

Hoje quero escrever em prosa
como se o mar me seguisse
e existisse vento e pedra arenosa,
onde a dor escasseia e a água não caisse.

Quero esquecer a rima,
que me tortura me desgasta
nos piores momentos me anima.

Oh minha Musa, minha lucidez
Mostra-me esse caminho, essa cura
Não me digas que é efémera e não dura...
Dá-me alegria, nesta imensa viuvez.

Toquei-te oh Musa pela cintura,
Sentindo-te o corpo e a frescura
de um leve traço e finura
concede-me agora essa postura...

E porque Fim significa o Começo
Deixo-me aqui onde me teço,
fico a viver por quem padeço...
quero acordar em ti, é o que te peço...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pensamentos diurnos

Hoje... sinto-me cansado triste
Sonolênto e o que nisso existe
Penso em ti, quando me sento
Na minha solidão de alento.
Escrevendo desalinhando
olho o tempo que vou guardando...
Vejo imagens de ti em todo lado
Vejo a vida em tempo sonhado...
Perco horas do dia sofrido
Vazio céu, de preto vestido
Mas que faço? Que tormento.
Já escrevo apenas sedento,
Escrevo porque não sou poeta
do que este acarreta.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Preciso de ti

Preciso de ti como se de ar se tratasse
Preciso de sentir de te tocar a toda a hora
Preciso de te encontrar em mim
Preciso que sejas luz e escuridão no meu dia
Amo-te cada segundo que passo sem ti
Amo-te em cada gesto que faço
Amo-te a cada raio de luz
Amo-te porque não sei fazer outra coisa
És um raio que me flumina quando não estás 
És noite escura se os meus olhos nao te encontram
És vida em mim quando te toco
És alma quando te sinto...
E num abraço que permites sonho
E num beijo que te dou estremeço
E numa palavra que trocamos imenso azul
E num olhar que fugidio me perco

Tudo e Nada

Quero-te tanto e este amor eterno
que a cada dia me torna enfermo
rodeado de tudo, vazio de nada
subo com esforço humilde escada
estás tão perto e tão distante
faço de tudo para te ter como amante
Corres e foges a cada momento
vens devagar num doce tormento
chego-me a ti bela princesa,
quero-te toda com a  tua leveza...
Sou um louco apaixonado
quero-te aqui  comigo afagado...

sábado, 5 de junho de 2010

Sem Vida

Estou sem vida
Sem ilusão...
Prendo-me em sonhos
Em que te tenho
durmo em agruras
que me são santas
Fico contigo
se não te cansas
Como te quero
sem tu saberes
como te amo
sem que te tenha
Volta depressa

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Bom dia

Bom dia meu amor...
Poderei estar longe de ti,
Mas terei o pensamento bem perto.
Nunca amei como hoje
Como te amo e desejo.
Quando estiveres pronta
Eu estarei aqui,
Quando decidires que é o momento
estarei pronto.
Quando sentires a minha falta,
Serei abraço para ti.
Quando sentires que estás sozinha
Serei o teu porto de abrigo.
Eu sofro sozinho aqui,
esperando e morrendo
mas feliz porque no meu coração continuas tu!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Pedido

Deixa-me falar-te
deixa-me ver-te
deixa-me dizer-te que te amo.
Vem tomar um café...
tem um pouco de fé.

amo-te

terça-feira, 1 de junho de 2010

Sinto-me desfalecer

Sinto-me desfalecer sem ti
o corpo já não reage
e a alma esta presa em ti...
Não consigo que a energia entre em mim,
não consigo ter vida sem ti.
Por favor eu já entendi
e quero que seja diferente
por favor
meu amor.

Dormi

Dormi contigo hoje, no meu sonho no meu pensamento.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Não tenho medo

Cobra-me tudo mas estarei aqui para te ter.

domingo, 30 de maio de 2010

Deixa que te diga


Ouve é um pedido,
um misto de oração, e de paixão...
Não tenhas medo ouve...
Ouve atentamente, de coração lavado...

Meu amor,

Não deixes que esse ódio,
te vença...
Não deixes...
Luta comigo por este nosso amor
que se quer grande...
Não deixes que tudo acabe por te sentires enraivecida
antes que o dia comece
quis vir aqui ao nosso lugar
ao nosso espaço...
Quero sentir-te, ver-te novamente a sorrir...
ainda temos muito que falar mas
terei o tempo que precisares.


Amo-te

sábado, 29 de maio de 2010

Se pudesse

Se pudesse dizer-te que te quero diferente
Se soubesses o quanto nos quero iguais
Basta tu lançares uma semente
para que se calem todos os ais.
Vi-te novamente como desejei
e naqueles momentos em que te amei...
Sentindo-me vivo, senti-me eu
a vida bela, foi o teu amor que ma deu.
Desculpa se te quero mais do que tudo
desculpa se não consigo ficar mudo.

amo-te

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Consome, tortura...

O que me consome, perguntam sem sentido,
São paixões de alma, amores inacabados.
São pequenos momentos enamorados,
É anjo de luz do céu caído!

O que me consome? É a vida, são os sonhos.
É àgua do mar nos olhos,
Os sorrisos que já não tenho,
por quem o tempo à espera venho.

O que me consome! É o frio e doce vento
é aquele olhar em mim guardado e desatento
São mágoas que queimam sobre a pele
são saudades, de um terno e fino mel...

O que me consome... Não o sei, e vivo morrendo
caindo por vezes sem saber, sofrendo!
O que me consome? Tu sabes o que me consome
não é uma dor, mas talvez um nome!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Momento

Nos momentos em que te vejo
perco-me nos teus olhos,
no jeito de menina cinjela,
que espreita entre uma janela

Retorno ao nosso passado
que foi por vezes mal amado,
quero vive-lo diferente
que seja esse o nosso presente.

Ao folheares uma revista
tento em vão a reconquista
mas os teus não mentem
e sei o que eles sentem...

É bom ter-te aqui
nem que seja por instantes
que seja a partir do hoje
que tudo volte ao muito antes...

Desejo-te a cada minuto
e a cada hora do dia
voltei a sentir
o que há te muito pedia...

Achas tolice o meu amor
Mas o que seria da vida
Sem a tolice desta dor.

terça-feira, 25 de maio de 2010

A vida

A vida faz-nos bem ensina-nos
remenda-nos...
De tudo o que vi na vida
sempre ouve uma saída
sempre ouve uma solução...
Não...
Houvesse gente como tu
e o mundo seria belo...
Mas porque raio me fechei
eu num castelo...?
Pedir perdão? Não adianta...
Apenas acção, e é minha esta manta.
Sentir-me em mim.
O calor da tua boca...
O teu beijo tímido e inconstante,
que sinto falta a cada instante.
Nunca pensei sentir esta dor... esta agonia...
Mas ao certo sabia que um dia...
Quero expurgar-me, já e agora.
Sem dor, sem mágoa nesta hora.

Mais um dia de tormento

Mais um dia passa sem ti
em que estás longe
declinando em mim a força
e desaparecendo a alma
numa angustia sem fim.
Amo-te e cada momento
sinto mais a tua falta
aumentando o tormento.
Amo-te

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Boa noite meu amor

Princesa desculpa, ser tão chato... espero que tenhas uma boa noite...
Amo-te mais do que tudo na vida...

Perder-te seria uma parvoíce.


Adoro-te

sábado, 22 de maio de 2010

Como eu te amo

Perdo-a. Eu estarei pronto para te amar quando tu quiseres, esperarei por ti todos os dias quando saíres do centro de saúde, não é preciso vires falar comigo... basta ver-te para que seja o melhor momento do meu dia... Não te preocupes não irei ter contigo... Nem te falarei... Espero que não leves a mal... Mas vai ser o único momento do dia que irá fazer sentido... ver-te.

Eu estou preparado Pati. Não te voltarei a fazer sofrer. Amo-te

Bom dia meu amor...

Ontem foi um dia complicado, para nós, compreendo que queiras desfazer toda a raiva e rancor num tempo que ainda terá de passar, mas por favor não te esqueças que deste lado, está aqui alguém que te ama... Não tens de pensar que vou sair com outras pessoas, pois simplesmente não o vou fazer. Não quero mais ninguém, pois ninguém preenche o teu lugar. Desculpa, se te incomodo, se te chateio... Tentarei estar ao teu lado, mesmo que seja apenas em pensamento... Tu serás sempre a minha namorada. Tu serás sempre o meu amor...

Por favor não me ignores, é tudo o que te peço!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Quero escrever pouco

Quero escrever pouco e dizer-te mais,
porque sou um louco romântico...
Um tolo do amor e da paixão
a que tu me prendeste.
...

Não.

...

Vou escrever sim, mas dizendo-te a cada momento.
Descrevendo o sentimento.
Entranhas visíveis,
a cada minuto,
pensamentos perceptíveis,
A cada reduto.

...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Viver e nascer

Por entre estradas, por entre gentes,
olhos contentes...
Deixo-me ir em passo lento,
Com pressa de tudo, com pressa de nada.
Já passei tormentos em que me refiz.
Repassei sais em pedra de giz...
Momentos em trevas, necessitei...
Trocados agora pelos que nao dei.
Alegre à viste, moribundo de alma...
Toco tambores, numa cega calma.
Ouvem-se ruídos duma guerra sem nada
ouvem-se tiros, de arma cansada.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ola Amor

Tive de sair de casa e vir aqui ao lago para ter net não consegui de todo, escrever tudo o que queria, estou cansado.
Vim só mesmo dizer que te amo.

Olá meu amor bom dia

Ainda bem que existe net por aqui nas estações,
Não tem sido fácil até aqui esta viagem!
Deixar o meu filho, deixar-te aí.
Mas precisamos de estar longe nem que seja por algum tempo.
O Sr Henrique diz que pareço um drogado,
Olhos inchados, e vermelhos!
Contei-lhe só o motivo da viagem sem me alargar.
Ele sorriu: E disse: "Esta Juventude. Vem eu pago o Café!"
Ao inicio pareceu-me antipático, mas é uma execelente pessoa.
Emprestou-me o radio dele e fomos a falar um bom bocado.
Foi bom para não me dar o sono.
A cada KM que faço, penso em ti,
e sei que estou mais longe a cada km
mas não problema, eu levo-te aqui comigo.
O problema por vezes é quando me dá aquela dor mais forte
da saudade em que fico com os olhos molhados, e mal vejo a estrada.
de Resto tenho pensado em Ti. tenho uma fotografia tua no iphone
vai-me acompanhar nesta viagem que espero seja boa para mim e para ti.
Bom de resto existem montes de acidentes,
talvez as pessoas devam conduzir com mais cuidado.
Pensei em tanta coisa nesta horas,
Tenho agora 4 horas para descansar
Mas não consegui antes de vir aqui dizer-te qualquer coisa.
Dizer-te ao fim ao cabo que te amo, e
que está aqui comigo. Dentro de mim a cada momento.

Amo-te

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Amo-te

Não me mates de dor
pois em ti tudo o que me resta é o meu amor!

sábado, 1 de maio de 2010

Hoje e agora

A vida faz mais sentido contigo
De noite de dia, que mais quereria.
Saímos, corremos, afastamos caminhos
Tecendo mundos com finos linhos.

Olho para ti nesse instante distante
Vejo os teus olhos brilhantes luzentes,
Pego no nosso amor como estrelas ardentes
Como forte pastor, e frágil amante.

Não páro no mundo que não pára em mim,
Cego-me em ti, como areia sem fim.
Amo-te diferente a cada momento,
Amo-te sempre a cada tormento.

E se vida parasse agora sentida
Daria por ela completamente vivida.

sábado, 17 de abril de 2010

Ana Patrícia

Se tu achas que não te amo,
Se tu achas que te traio,
Se tu achas que não estou presente,
Se tu achas que não te compreendo,
Se tu achas que não falo contigo,
Se tu achas que não te dou abrigo.
Deixa-me dizer-te:

Que te amo,
Que te quero apenas a ti.
Que me fazes falta todos os dias,e nos dias mais tristes, em que menos, em que parece que não te quero, é porque tu estiveste longe não me olhaste e procuraste, e naqueles dias em que tu dizes que se passa alguma coisa, é porque já há muito estou deixado sozinho, e continuo à espera... e naqueles dias em que respondo com mau humor, tu não sabes e não entendes que te amo e sinto a tua falta em todas as horas.


Amo-te

Prosas

Hoje estou triste, porque está longe a calma.
(Pára aqui de ler os meus excessivos romantismos
Pára aqui de ler, pois nao te abrem a alma.
Pára, porque não entendes nenhum dos meus "ismos".)
Amo-te tanto que me aborrece!

Porquê vês tu que te traio,
Se apenas te canto a ti, eu modesto gaio...
Não escrevo que te aborreço,
Não sinto já, esmoreço.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Gostar de Ti

Gosto de ti, porque sim.
Nem me pergunto
E questiono...
E deixo-me ir
Para perto, para longe...
A alma em abandono.
Fugir de mim.


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quinta-feira, 18 de março de 2010

Pretéritos

Hoje guardava poemas…
Só para mim, poemas…
Sem que ninguém os lesse, os poemas…
Quis guarda-los ali, (perto de outros…)
Que nunca escrevi.
Quero mudar a escrita
Esta lua cinzenta,
Esta esfera maldita.
...
Queria dizer palavras,
Tantas coisas tão vãs…

...

Quero que o tempo do tempo
De hoje seja Perfeito(assim),
E que termine este tempo,
Tempo Imperfeito em mim.

Vou guarda-los novamente.
Vou mete-los na gaveta.
Vou cansar de ver a lua
Que me leve este cometa...

terça-feira, 9 de março de 2010

Causae

Das causas, vagas palavras se perdem.

Vem.

Dormiremos ao relento na estrada
Enquanto a Primavera durar...
Ouviremos a música perdida,
Dançaremos como alma vadia.

E nessa Primavera que perdeste
Encontres nova vida que me deste.

Surge acaso.

Já nem penso, nem sinto, nem vejo.
Páro.

Porque poesia só tem sentido se... Houver Amor!

Irei sair, aqui e agora...
Retorno a mim. Estremeço.
Onde nem palavras teço...
Fecho os olhos. Adormeço.






quarta-feira, 3 de março de 2010

mOdUs

Numa margem lapidada,
onde já não existe vida
onde já não existe nada...
Alguém nos pede: Sê!
Negros brancos se cruzam!

Não existe razão para porquê...
nos céus rangendo ou temendo
entre infinitos envolvendo...
Apresso-me agora em sentir
o que estará atrás,o devir.

Sorrio numa flor inesperada
que surge vaga, inacabada.
Fujo agora para longe
deixando tudo, deixando nada.
Sorrio.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Pantomima

Por entre gestos inacabados
produzem cor e luz e afim.
Onde a mimica traduz a vida
a vida traduz-se em nada.
Continuo a buscar em ti
o que me falta, por entre a maré
que se quer alta...
Vejo risos e sombras
e afundo-me...
No mar calmo, calmas ondas.
Ponho a pena com que escrevo
na sobreira da mesa e me debruço.
Soltam-se raivas e a vida que soluço.
Permaneço sóbrio nos olhos
e embriagado no coração.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Fotografia

Olhei-te numa tela pintada com luz
Olhei os teus traços, o que neles me seduz.

Olhei-te de novo num fogo celeste,
e nesse instante vivi um beijo que me deste.

Tornei a tentar e vi-te imperatriz
podes não gostar mas é o coração quem o diz.

Tento de todo o jeito, mas não dá para falar
Quando estou ao teu lado quero apenas te beijar.

Chega de poemas cantados cansados,
Volta... quero-nos perdoados.

Dolores

Não me apetece escrever
sentir o vento, ouvir o mundo.
Não me apetece.
Ouço os teus sons distantes
ainda...
E se perdido me encontro,
mais me perco em mim sem me achar.
Não.
Como posso sentir o teu respirar
apenas no longo alcance do vento.
Como posso matar a sede
se toda água se me é salgada.
Mas que raiva do mundo de ti e de mim.
Mas porque tenho de perder
o que tudo em ti encontrei.
Estou cansado,
entranhas reviradas por um ente antagónico
me repassam, e vejo-lhe as formas por entre a pele.
Quero que vá...
Me deixe distante, e perto de ti.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Resignado

Apenas resignado a um amor falhado.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Amar-te-ei

Hoje... Há tanto tempo...
Tempo que passou.
O nosso tempo!
Sofremos! Não sofreste abandonada,
não sofreste desamparada, num antro de agonia comum
onde a morte espera a cada esquina!
Chorámos... oh meu deus, se choramos!
Mas nunca pensas-te que também chorei.
Lágrimas correram, em dias que não viste.
Desespero tive na tua ausência.
E tu nunca sentas-te ao meu lado e me afagas-te.
Respondes tu com frieza: " - E tu?"
Eu, querida, eu pensava em ti mesmo na escuridão.
Eu, trocidava o meu ser em ti...
Eu, querida, esmagava o meu coração!
Eu, despi-me de mim... Para te puder apenas olhar!
Mas que podia eu amar?
Eu amavava-me através de ti, e com o teu amor distante
eu próprio me perdi...
Oh, princesa do meu castelo imundo,
pudesse eu fazer o tempo girar!!!
Sou um frágil e humilde homem.
Que pena a minha,
de não ser o teu cavaleiro montado nas crinas de um belo cavalo branco.
Choro agora mais uma vez,
por não me amar, por o teu amor distante.
Choro mais uma vez por me sentir vazio sem ti,
mas o que fazer de uma dor que não pode ser aliviada...
Que fazer... Que poderia eu fazer para que soubesses
que nada mais faz mais sentido que apenas olhar-te!
Oh bela rainha, porque tornas-te um rei, humilde servo.
Não percebes que despojaste tudo o que de mim havia, e que se assim o fizeste
deverias preencher com amor todo o espaço agora em solidão...
Porque empunhas a lança mortal, em vez de um puro acto de compaixão...
És mortal, como escorpião ferido que mata com dor agoniante.
Não serei mais teu, se assim quiserdes,
morrerei para ti, se assim o desejardes.
Mas dizei-me infame, como poderei voltar a ser eu?
Como recuperar o sofoco deste amor preso em ti...
Não me ireis responder por certo, agora que estás longe!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Flor Agreste

Outrora percebesses a luz
Que não encanta, mas conduz
Viesses cheia de dor
E te preenchesse com amor.

Fui sombra, querendo ser sol!
Que amei!