quarta-feira, 28 de maio de 2008

Areias de uma Praia

Passeio à noite junto ao mar
Oiço por entre bramidos de gaivotas
As rochas torpes esmagadas...
Pela fúria de uma onda perdida...
Entre mil areias a navegar,
Surge um clarão de lua nova...
E grito, ouvem-se silêncios
Choro e o sal confunde-se
Com a chuva doce que cai do alto.
E no desepero chamo por mim
E já não me acho...
Perco-me então sobre espinhos...
Onde a dor apaga o pranto
E o pranto da azo agonia...
Onde... E quando... Quem...

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Noite

É noite, tu dormes...
Oiço o respirar que tropeça no meu peito,
Fadiga insensata toma conta de ti...
O teu cabelo dispara em várias direcções...
Os lábios, esses, assumem a forma de proa...
As mãos junto a face, beijo-te entretanto...
O silêncio deste silêncio deixa-me...
Mais uma vez o desejo de te ter vem...
Não quero este sonho acordado...
Quero as estrelas e as luas dentro delas...
Acordo.
...
Mais e mais amor eu desejo mais...
E aquela palavra pode ser tudo,
...
E de repente frente a frente
Encontro-te ausênte...
E o sol deixou de brilhar...
Obriga-me a sonhar
Es a minha sombra, amanha quem sabe
Es o sol que preciso...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Princesa

Sem querer amei...
Senti-me Baco e Dionisio...
Um substrato vazio.

Fechei os olhos.
Quis amar diferente...
Olhei-te no escuro
Vi-te princesa...
E já eras Rainha de mim...

Como dói amar!
Como lacera e corrompe,
Como faz bem aos olhos de quem ama...

Quero esta prisão para sempre
Estas grades que encerram a alma
A sombra da tua voz...
O leve rodopiar dos teus gestos...
O teu corpo despido em mim...

Abram-se janelas de luz
Soltem papoilas flamejantes
Cai um fogo húmido sobre mim...
Incendei-se o mar,
Beba-se o céu...
Roube-se o sol,
Pegue-se na lua...
Corram os rios para as montanhas
Chova neve que queima
Mudem-se as montanhas
Afastem-se continentes para te ver passar.

E tudo isto porque sorris-te para mim...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Sentidos

Existem sombras que nem as nuvens conseguem apagar
Um sol que apaga em si, uma dor que se subtrai,
É uma brisa que desvanece e se afasta...
Um rio que corre devagar e se perde no mar.
Aromas fortes penetram-nos...
Ouvem-se cavalos a galote pelas ruas,
Ficou o silêncio dos dias que passaram.
Recordo nele o branco do galope.
E os dias que hão-de vir...
(Incompleto)
Há um desejo de fenix na alma...
Há ervas que não quero pisar...
Há sentidos sem sentido...
Há...
(Incompleto)