quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Querer...

Querendo quero sempre mais,
Olhar os teus olhos e sorrir por os ver,
Sentir que és tudo, num mar de nada.
Ter-te como fogo que arde num mar de gelo.
Encostar a cabeça, deixando-me levar...
Sentir a tua mão, como quem sente a brisa pela manhã,
Querendo quero sempre mais...
Desejar que estejas presente
Como o ar que respiro pelo manhã,
Fumar-te como quem fuma...
Querendo, quero sempre mais.
Os dias passam como relâmpagos solitários
Trovam músicas infinitas
Ouvindo são leves colcheias sintilando.
querendo quero sempre mais...

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Tanto de nós...

Há coisas que não descobrimos por nós,
Há coisas que temos de sentir e viver!
...
Podemos imaginar sentimentos,
Mas não os podemos sentir imaginando-os
Não os podemos viver escondendo-os,
Não os podemos esconder sentindo-os.
...
Como o quinto pilar do Islão
Como a viagem sagrada para Meca,
Como o Sol para a terra.
Assim és Tu para mim.
...
Somos momentos, loucuras insanas por vezes,
Somos tu e eu juntos.
...
Contudo:
Fui fogo e tu mar, eras sol e eu trevas,
Eramos pontos opostos na mesma recta,
Vértices de triângulos diferentes,
Mesmo assim hoje somos cordas de uma mesma guitarra,
Que mesmo arpeando sons diferentes
Harmonizam a mesma música.

domingo, 28 de outubro de 2007

Mel in Ore

Perdem-se almas por entre corredores sem sentido
Perdem-se por vezes momentos...
Perdemos por vezes a razão.
Perdememos por vezes o geito...
Perdemos e voltamos a encontrar-nos...
Fica sempre a paixão...
Fica sempre o teu olhar esguio,
Ficam os teus lábios
A sussurarem-me frases doces...
Ficam os momentos em que te devo dizer que te amo...
Deixa-me dizer:
- Que te amo!!!

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Amores Causa

Sinto algo diferente no ar
O mundo a girar
Tudo a mudar
Um vai e vem de incertezas.
Apenas fico por aqui
Tentando me encontrar
Sem saber explicar
As emoções, a vida,
Os sentimentos
Tristeza, alegria
Porque não consigo aceitar,
As coisas da vida?
Será que, o que procuro, não existe?
É, vou continuar a ficar por aqui
Tentando me encontrar
Viver sem compreender
Viver sem querer
Viver por viver.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Finem

Chega o fim...
Chega tudo e o que se teve não passou disso.
Chega a mágoa de um finado,
Chega a trévoa de um recomeço.

Foram dias contados pelos dedos...
Foram tantas coisas...
Foram amores perdidos, reliquias do passado...
Foram vidas que só existem em nós....

Vi-te partir, pensei que fosses regressar...
Jamais pensei como seria se ficasses...
Jamais pensei que podessemos acabar...
Fico com recordações de ti...

Fico com o teu olhar e teu sorriso...
Fico com tudo o que me deste por amor...
Fico com um adeus e com a sensação que poderia ter sido mais...

sábado, 11 de agosto de 2007

Spes desperata

Um mundo loco gira em rodopio fatal,
Uma vida solta tenta prender-se a um raio de sol,
Não existe tempo para fazer mundanças,
Sento-me e tento relaxar.

Pego no tempo que me resta,
tento pensa-lo e divido-lo...
Não encontro respostas...

Perco-me em Mundos que não existem,
Falo com Pessoas de outras existências...

Fico novamente perdido.

Vida que passa

Em mil viagens, solta-mos gritos,onde a revolta se solta,
Solta-mos raiva entrelaçada em dor,
Somos Viriato, perdido...
Somos Reis de um Mundo por descobrir...

Sinto uma calma vazia entre a alma e o Mundo.
Faltas tu...
Mas estás longe, onde o vento nasce, e o sol se põe.
Onde se pode ver a ataraxia de uma vida que passa,
Onde se pode sentir a vida que foge por entre areias finas,
Que nos deixam...
Sós.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Alberto Caeiro

Vi um rio, pisei lama... carreguei-te no dorso.
Olhamos estrelas por entre os ramos das árvores.
Melgas sugavam-nos o sangue
E nós não dávamos por isso...
Havia sons que só a noite escura nos podia dar. Assustavam-me.
Havia o som da água mesmo ali ao lado.
Havia tanta coisa... e havia estrelas no céu!
Lembra-me a infância.
De tudo o que perdi e ganhei.
Crescemos...
Um grilo ali ao lado cantava ou gemia de solidão.
Perdemo-nos.
O som desaparecera.
Ficamos nós.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Definição

Pensar em ti a toda hora,
Querer tocar-te como quem toca no céu,
Olhar-te como quem vê o Paraíso,
Sentir como se sente o calor de uma chama,
Chamar-te como quem chama a vida,
Ter-te como quem tem a esperança,
Amar-te como quem ama um Deus...

Classissismo Clássico

As vezes sinto-me vazio,
De uma opacacidade imunda
De um brio frio salubre
Onde até o Rei se sente plebe

Mas ha um olhar que prende
um olhar doce e macio
e transforma todo esse vazio
em Acrópole viva e destemida...

Sigo ainda por entre corvos
Entre rios bravos de sangue
Entre Atenienses e Espartanos
Entre Glorias e Desenganos...

domingo, 3 de junho de 2007

Paz na Alma

Sempre no turbilhão de uma vida,
Passam vidas por nós desmedidas,
Sente-se na pele doce tormento,
Sente-se na alma a paz Lunar...

Sempre em constante mudança,
Passam os anseios ficam esperanças
Sente-se a brisa por entre os dedos
Sente-se o Mar a tocar na pele

Sente-se o fogo de uma paixão
Sente-se o desejo de uma vida
Passam gentes, passam marés
Sempre na calma de vento pacato...

Sente-se um calafrio turbilhante
Sente-se um arrepio constante
Passam coisas sem sentido
Sempre com a mesma paz na alma

sábado, 26 de maio de 2007

Alma

A forte forma de uma alma
calma na heresia pacata de uma vida,
sente-se por vezes perdia por entre amores...
amores fortes macios cristalinos
brotando da nascente de um rio.

Outros a jusante merecem castigo.
de um cruel destino conseguido
por El Rei parca vitória.
Se a vitória se encontrar.

Amei a terra e no mar
Viagens mil tormentos, dias cinzentos
Azul o céu.

Brotem fontes cristalinas
do alto desse branco manto...
desprezadas sem sentido
continuem-se a viver vidas

Por fazer sentido...

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Rascunho de um Soneto!!!

Com tua trova parca... doce leito...
contei sonhei longas noites belas.
Houve alguma noite e numa delas
surgiu o amor ante penas suspeito.

Se sentimos algo, que eu consenti...
Querer ter-te, por isso renasci...
...
...

...
...
...


...
...
...

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Os teus Olhos...

Uma esperança fugidia onde me perco por verdes campos, descalço numa noite de breu iluminada pela prata de um luar fugaz... Procurei melhor... Vi então o azul céu, o amanhecer trouxe-me uma luz que reduziu toda aquela verdura a uma miragem... Havia um lago, espelhou-se nele aquele azul, corri... Estava mais perto... Debrucei-me sobre a àgua... Transpareci nela. A minha imagem afundou-se por entre folhas de àrvore já soltas... o Azul tivera desaparecido.
"Castanhos os teus olhos"...

quarta-feira, 14 de março de 2007

Arbitragem dos Sentidos

O prazer dos sentidos...
O toque da tua pele...
A tua boca molhada em mim...
Existem prazeres que só tu me podes dar...
O teu corpo...
Quando te vejo... Qual Afrodite com sedas húmidas sobrepostas sobre o corpo...
Corpo doce e sedento... Sede de um prazer onde te agarro, prendo...
Sinto o teu corpo húmido, lubrificado... em busca de um prazer emergente...
Acaricias-me.
Por entre um beijo tocam-se as nossas línguas...
A tua respiração altera-se... torna-se aguda... solene...
A minha mão toca-te...
Entra por entre a roupa inerte sobre o teu corpo...
Sinto o prazer da tua pele...
Tu páras.
Ficas à espera que o tempo reduza a busca insensata de um prazer que procuras...
Não te faço esperar...
A minha mão avança como se tratasse de um galope constante que avança a cada segundo...
A tua cintura um ponto de paragem... Contemplo... Por breves momentos esse templo...
O tempo não pára.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Distinção!!!

Um mar distinto, completo. Um céu azul. Há vida num mar, há sentido... Distorção, um reflexo oco, impune, uma realidade paralela... Uma semelhança absurda.

Existência Solene!!!

Às vezes existe uma presença solene... Uma presença onde podemos ver o eco de grito mudo... Esmaga o sentido inverso da existência... Retribui, parcamente o brilho de uma noite, em que o luar se refugia por entre as folhas quedas de um pinheiro... Faltam-me palavras, faltam-me prosas... Falta-me o brilho do gume de uma espada. Retirando o filamento da vida, sentindo-me uma corrente sem sentido... Hoje sorri, momentos vindos de áureos tempos vividos. Voltaram de repente e em lume brando. Uma mão suave e acolhedora, deu-me o ímpeto de uma estrela. Sorri. Ao teu olhar que me envolve em mantos de verdura celestial. Ao teu sorriso, que nunca se distrai...

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Nuvens!!!

Existem nuvens que o sol não atravessa... Existem mares onde é impossível navegar...

Frio

Hoje sinto-me distante, longe... Perco-me no meio de uma neblina intensa... Existem guerras que nem mesmo Zeus pode ganhar... E mesmo assim continuo perdido... No dia em que fores... levas-me a alma... Fico com o pensamento em ti... Amo-te...

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Se tu quiseres!!!

Se tu quiseres, levar-me-ás ao céu. Se tu quiseres... ficarei contigo... Deixarei o mar... transformar-me-ei em Sol, só pra ser luz no teu caminho. Não mais haverá noite entre nós, o vento soprará ténue, e uma brisa leve e afoita passará entre os teus cabelos... Serão recordações de ti... Em mim. E nas noites onde a tua ausência determina o fulgor revigorante da saudade... Sinto que te amo... que me fazes falta... em todos os momentos... Mesmo naqueles em que o silêncio da tua presença se cruza com o brilho das estrelas... E oculta o prateado de um luar, que sem ti, pareceria efémero. E surge muitas vezes o sol... E nós a eclodimos do frio da noite... Por vezes sobressaltados com o avançar do tempo, que fugiu por entre uma noite de amor... sorrisos... e conversas banais...