domingo, 23 de novembro de 2008

Texto simples - o Amor

E o q é o amor? Isso penso, que será dificil de explicar ...
Mas tenho uma leve impressão que boa parte das gentes também não sabe.
Quase toda gente que eu olho fala do amor como algo arrebatador, que vai resgata-lo do seu cotidiano mediocre e mostrar o sentido da vida, mas fico sempre a pensar como esse sentimento que é tão fugaz, como esse tal imaginado, vai sobreviver às fraldas do filho futuro, ou às contas a pagar...Até mesmo ao mau humor matutino e às gripes da estação?
Por que sim, todos queremos algo que nos tranforme, nos tire de nós mesmos...Mas também queremos alguém que faça esses pequenos momentos na vida passarem de forma mais leve...Alguém que compartilhe não só a aventura, mas sim o cotidiano...
Já tinha lido em algum lugar, que é fácil nos apaixonarmos pelo principe, princesa encantado que te resgata de cavalo ou a salva da torre, mas continuar a amar o homem ou mulher real, aquele, aquela que ao invés de nos levar a viagens exóticas, faz as compras do mês...Isso é que é difícil!!
Não que tudo tenha que ser igual, não que tenhamos que nos acostumar com a mesma coisa todos os dias, com todos os defeitos, só para falarmos que temos um amor(o qual na verdade já virou simplesmente estabilidade). Não quero equiparar amor a rotina...Amor traz dor, traz problemas por amar...Ele não é tão seguro, pois por amar temos o medo pequeno e constante de perde-lo, ele por si só deve ser uma aventura, simples, meio complexa...nada além de paradoxalmente indefinivel...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Gosto de Ti, porque sim.

Quase dois mil dias à tua procura,
finalmente acho-te e perco-me entre a vida,
Uma confusão de lixo perpetua ainda flutuante...
Tento refazer o que não fiz,
e caio em banalidade triviais...

Vejo sombras por vezes, outras sóis...
Amo-te tanto que me perco,
vejo-te tão pouco, que me chateia...
Queria-te ter aqui, porque sim...

É tão simples como dizer-te:

Amo-te.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Terra Verdejante

Ao longe alguém olhava o mar, contemplava-o
como se não houvesse amanhã...
Tu vestias um arco-íris,
onde nem a imensidão do mar
ofuscava o brilho da tua cor...
Cabelo molhado, passo apressado
como quem corre para uns braços apaixonados...
E tinhas o mar a teus pés...
Recolhendo como que a redenção
se impusesse à tua passagem...
depois faltou contemplar
a imagem e beleza deixada
pelos teus passos largos
e o vazio que atravessava agora aquele lugar...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Quero que saibas

Que por mais que a vida
não volte a cruzar os nossos caminhos
jamais esquecerei o que aprendi do amor
estando contigo...
Agora novos Mundos e horizontes
novas fronteiras, e novas vidas...
Nem o sol dura para sempre
nem a lua tem sempre luz...
Tal como o Reno assim seguimos
nós em delta...
Mas afinal desaguamos no mesmo mar da vida...
A vida é longa e ainda tem muito para nos dizer.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Novos Mundos

Vivi por entre florestas sádicas,
rios tumultuosos, tempestades fulminantes.
Cansado parei entre duas rochas
olhei como quem contempla o seu túmulo...
E só vi um esqueleto desgastado pelo tempo,
e mesmo ali sem ver uma flor...
calma no sossego de uma imensidão.
Quis pegar-lhe, levá-la para casa.
Porquê pegar-lhe se a podia ter
na imensidão da vida...
Deixei-a ficar.
E nesse dia Novos Mundos...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Mar alto

Em mar alto navegamos
por entre ondas e marés, onde
tempestades assolam a proa,
sobem marinheiros, correm-se as velas...
há um leme...
Água corre e sinto-me um Bartolomeu
a dobrar a esperança.
Corro depois para os castelos da proa
vejo rochas a bombordo e sereias encantadas
deixo-me encantar pelo canto. Seguimos.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Somente... tempo...

E porque foi melhor do que melhor... Só posso dizer..
Somente...
Tão pouco e tanto no mesmo céu.
Sou inimigo do tempo
E do tempo quero fazer parte...
Quero que o tempo se apague e que a luz me deslumbre...
Quero olhar-te pelo infinito,
e que o infinito sejas tu...
Não quero ficar aqui,
é tempo de dizer que sim.
De te pedir... De te amar...
De querer transformar-me em tempo
e desesperar no tempo que não tenho de ti.
Querer mais que o tempo é ser intemporal...
E tornar o tempo, tempo de te amar...

terça-feira, 24 de junho de 2008

Ver de olhar?

Que são almas perdidas no ser
Intempestivo, perdido e rebuscado...
É o olhar mas com intuito de ver
O que está mais além! Nas veias...

Quebrando-se as ondas que rebentam no mar,
Chuva perde-se entre os sais da terra,
Quebra-se o vento ao encontrar uma montanha
Fortalecendo a Terra torna-se humo...

Já me perdi tantas vezes
E noutras tantas me voltei a encontrar
Senti saudade do antes e desejos do depois
Senti ferros fundidos, senti brasas apagadas...

Senti-mos tanto por vezes...
Que apenas queremos sentir o hoje como se não houvesse amanhã.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Finitum

Não olhes para trás para a curva finita que acabaste de dar
Nem sempre somos o que o passado nos fez
Por vezes queremos muito mais que amar
Possuir como se fosse a última vez…

Agora:

O amor só se sente quando nos falta
Cantarei nosso amor sempre em voz alta,
Até o sangue que é vida,
Só damos por ele
Quando se abre uma ferida…
Não queiras amor a perfeição divina…
Ela nunca foi fado, ou tão pouco sina.
Sente o vento na fronte,
Assim como a dor no peito,
Tudo o que é nosso
É-o de qualquer jeito…
Pintamos a vida com guache e aguarela
Por vezes difícil
É o que não pintamos nela…

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Areias de uma Praia

Passeio à noite junto ao mar
Oiço por entre bramidos de gaivotas
As rochas torpes esmagadas...
Pela fúria de uma onda perdida...
Entre mil areias a navegar,
Surge um clarão de lua nova...
E grito, ouvem-se silêncios
Choro e o sal confunde-se
Com a chuva doce que cai do alto.
E no desepero chamo por mim
E já não me acho...
Perco-me então sobre espinhos...
Onde a dor apaga o pranto
E o pranto da azo agonia...
Onde... E quando... Quem...

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Noite

É noite, tu dormes...
Oiço o respirar que tropeça no meu peito,
Fadiga insensata toma conta de ti...
O teu cabelo dispara em várias direcções...
Os lábios, esses, assumem a forma de proa...
As mãos junto a face, beijo-te entretanto...
O silêncio deste silêncio deixa-me...
Mais uma vez o desejo de te ter vem...
Não quero este sonho acordado...
Quero as estrelas e as luas dentro delas...
Acordo.
...
Mais e mais amor eu desejo mais...
E aquela palavra pode ser tudo,
...
E de repente frente a frente
Encontro-te ausênte...
E o sol deixou de brilhar...
Obriga-me a sonhar
Es a minha sombra, amanha quem sabe
Es o sol que preciso...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Princesa

Sem querer amei...
Senti-me Baco e Dionisio...
Um substrato vazio.

Fechei os olhos.
Quis amar diferente...
Olhei-te no escuro
Vi-te princesa...
E já eras Rainha de mim...

Como dói amar!
Como lacera e corrompe,
Como faz bem aos olhos de quem ama...

Quero esta prisão para sempre
Estas grades que encerram a alma
A sombra da tua voz...
O leve rodopiar dos teus gestos...
O teu corpo despido em mim...

Abram-se janelas de luz
Soltem papoilas flamejantes
Cai um fogo húmido sobre mim...
Incendei-se o mar,
Beba-se o céu...
Roube-se o sol,
Pegue-se na lua...
Corram os rios para as montanhas
Chova neve que queima
Mudem-se as montanhas
Afastem-se continentes para te ver passar.

E tudo isto porque sorris-te para mim...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Sentidos

Existem sombras que nem as nuvens conseguem apagar
Um sol que apaga em si, uma dor que se subtrai,
É uma brisa que desvanece e se afasta...
Um rio que corre devagar e se perde no mar.
Aromas fortes penetram-nos...
Ouvem-se cavalos a galote pelas ruas,
Ficou o silêncio dos dias que passaram.
Recordo nele o branco do galope.
E os dias que hão-de vir...
(Incompleto)
Há um desejo de fenix na alma...
Há ervas que não quero pisar...
Há sentidos sem sentido...
Há...
(Incompleto)

terça-feira, 1 de abril de 2008

Pensei

Se tudo fosse tão simples como amar-te todos nós seríamos génios.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Pugnam

Existem tantas coisas soltas
Tantas outras presas em nós,
E na divergência sangramos,
Nuvens se acumulam, escurecem-nos.
Trevas inoportunas, nos afrontam!
Perdemos o Este,e o Sul...
Soltamos raivas perdidas no Mundo.
Choramos!
Passam horas sopra o vento, e a tempestade!Vem.
Saímos à rua e raios partem-nos e ferem-nos,
E existem chuvas ácidas que nos queimam e desfazem,
Vento em rajadas impede-nos de seguir em frente,
Os olhos cegam de tanto nevoeiro,
E no auge... Soltam-se árvores, partem-se ramos...
E nós no meio da rua!
Capas ao vento rasgadas, farpas cravam-se na pele endurecida pelo frio.
Agua brota dos olhos expostos ao vento,
Existem pulsões,ruídos, gemidos de zinco solto na rua.
Parámos!!!
Amena a tempestade, corre serena, agora a brisa.
Telhados voaram, há vidros no chão, sandálias gastas no tempo,
As capas...
Silêncio. Ouvimos. Afastamos o lixo, abrimos caminho!
Rompemos em desalento, de feridas abertas,
Seguimos em frente, e os escombros continuam.
Afastam-se as nuvens, um raio de sol sorri...
Olhemos contemplativos.
Se amar acontece, é por ti...

sábado, 8 de março de 2008

Dias contados em Sevilha

24-02-2008

Primeiro dia sem ti,
Um vazio dentro de mim
Surge a vontade de te ver
De te querer…
Do teu corpo macio em mim
Do toque da tua pele nos meus lábios…
Do perfume do teu corpo…
E entre castelhanos ímpios sinto a falta…
A claridade da tua voz
Da luminosidade da tua presença…
A vontade de te fumar…
Desesperadamente entre um sorriso…

25-02-2008

Nada no céu ou na terra
Nos pode ensinar!
O entendimento de agitar dois corações
A vergonha de ter que escrever
Aquilo que desmesuradamente se quer
Dizer…



Olhando-te no fundo do fogo
De um olhar esventrado em água de mar…
Sentindo que querer-te mais é devorar-te…
Olho dois quadros pretos…
Quero-te… e acho-te tão longe…
E ao querer-te mais ainda te acho,
Entre artérias e pulmões cheios do fumo de uma paixão…

26-02-2008

É-me tão caro escrever em rasgos
De Poesia…
Pois sangro sempre que escrevo,
E escrevo tudo o que sangro,
Quero-te deixar-te para logo
Maldito ego…
Quero afastar-te…
Com a força de um cometa…
Quero ter-te! Anjo de luz
Como se possui a vida…
E amar-te como se ama um filho…
Querer ter a tua beleza sublime
Impressa em mim…

27-02-2008

Há festas nas ruas de Sevilha
O quarto ficou!
Sinto-me cansado, doí-me o cabelo.
Escorrem duas cortinas de sangue pela janela…
Entre três sofás de fogo sento-me no maior…
Quero falar contigo!!!
Há à volta dos olhos cinza…
Que se forma por entre horas de sono acordado…
Durante o dia entram mil palavras
E por vezes perco-me no meu próprio pensamento!
Não oiço as palavras torno-me zombie,
E gosto.
Chegou a noite e o silêncio, o momento de te contar o meu dia… Assim…

28-02-2008

E na saudade, um mar de alento…
A certeza que és parte em mim,
Feita de carne e jasmim,
Onde até o sol é vento…
E mais que sincronia…
Noite que sem ti, já não é dia,
Perdemo-nos aqui e ali,
Esquece-se o sentido
Deixa-se o segundo, a hora.
Mede-se tempo,
E o metro torna-se légua.
E a légua eternidade…
E a eternidade torna-me velho!
E na velhice torno-me sábio
E na sapiência encontro o amor…
Mas no amor é a ti que vejo…
E ao ver sinto saudade.

29-02-2008

E porque neste dia só posso escrever
Que no próximo quartel que advier
Te direi o mesmo de esta hora,
Em alegres sarças frémitos delirantes.
Apenas o é porque o tempo demora!
Em acordar o dia com o canto,
Em adorar a idolatria vã.
Faço-o e entendo tanto quanto constato.
Que a natureza em si não se vence,
E une e aparta a carne!!!
Sigamos…
Irremediavelmente, afincadamente…
Unidos…
Vindo de um mar mutante,
Convencional e ténue,
Lúcido e de uma eloquente simplicidade…

01-03-2008

Quis o fado que fosse
E que o meu destino se selasse,
Quis o destino que te tivesse
Apenas para te ter…
Possuir-te de forma insana…
Com alma de ternura cheia…
E uma brasa cheia de ti.
Sem ti não quero a liberdade,
Sem ti não quero vento na fronte…
Quero ver-te e tocar-te ali e aqui e acolá…
E puder chamar-te apenas sem ter que o dizer…

02-03-2008

Encerramos em nós tal criatura
Que nos mata e prende
Às paredes de uma vida consentida
E sem sentido por vezes…
Sendo o melhor nem isso basta!
Quero mais que o mundo todo
Quero o que está para além das estrelas
Quero sugar buracos negros
Atrever-me a ser diferente…
Ser superior sendo igual
Causar inveja.
Sentir que sou para além de mim nos outros
Expiar-me no maldizer e ser lembrado.
Fantástica criatura!!!
Eu. Quero morrer e
Que se sinta rancor por tal acto,
Que me invejem todos e que todos me lembrem!!!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Sono

Dormindo um sono profundo
Baralhando o sonho...
Deixando que seja meu o teu nada...
No dia quero-te ao segundo,
Mas na noite deixo-te entregue ao sonho, entregue a ti.
Pára o tempo, com a força de quem pára um vulcão,
E perdi duas horas. Ou ganhei duas horas de vida...
No meio da sonolência
Ainda escrevo mais dois versos!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Corpus

Existia uma pulsão,
Muito mais que puro amor...
Era...
Puro desejo, um desejo carnal...
Implícito.
Que a deixava frágil,
um desejo que se desejava que não existisse
e que esse mesmo desejo jamais se manifesta-se...

...

Foi paixão...
...

Olhar e sentir a febre de uma alma perdida por outra,
isto é o amor...

Dias sem fim se proclamavam até então...
Entre solidão e algazarras...

Entre rios e mares de sobressaltos.

Olhei para ti e amei-te!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Lágrima

Quero ter-te como o sangue que me corre nas veias...
...
Sou um deus que busca transcendência em ti.
...
Correm-te lágrimas de desespero,
Brilhavam como se de ouro se tratasse,
E cada uma era um vulcão,
Era dor...
...
Palavras saiam dos teus lábios
Eu ouvia-as, perplexo!
A força, a verdade, o amor, a sinceridade, o movimento...
Tudo ali.
...
Venerei-te em todos os momentos...
...
Respirei as silvas agrestes dos meus erros,
Quis rasgar a carne soltando o que de ti tenho em mim.
...
Quero amar-te sem ter de dizer nada.
Quero que o reconheças no meu olhar.
Quero que tempo páre, o vento deixe de soprar.
...
Quero que morram os deuses e sejas elevada a Trindade.
Quero que os rios sequem e saciar em ti a minha sede.
Quero o sol se apague e guies com a tua luz a minha vida.
...
És tudo, e mais além...
És fronteira da vida, mergulhada em mares de ternura,
És cabo das tormentas.
És o banal, o Olimpo.
Sou Zeus desorientado, ofuscado por ti...
...
No final, apenas te quero...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Tu...

Sem ti nada faz sentido.
O vento pára de soprar,
O sol esmorece, os pássaros calam-se.
Rosas murcham…
Quando não estás.
Amei-te.
Mas ainda te amo mais agora,
E talvez logo mais, te ame menos agora do que logo.
Deixa de lado palavras vãs…
Perdoa…
Amo-te e quero-te sempre para mim…
Não são momentos são vidas.