sexta-feira, 27 de julho de 2007

Alberto Caeiro

Vi um rio, pisei lama... carreguei-te no dorso.
Olhamos estrelas por entre os ramos das árvores.
Melgas sugavam-nos o sangue
E nós não dávamos por isso...
Havia sons que só a noite escura nos podia dar. Assustavam-me.
Havia o som da água mesmo ali ao lado.
Havia tanta coisa... e havia estrelas no céu!
Lembra-me a infância.
De tudo o que perdi e ganhei.
Crescemos...
Um grilo ali ao lado cantava ou gemia de solidão.
Perdemo-nos.
O som desaparecera.
Ficamos nós.