terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Sono

Dormindo um sono profundo
Baralhando o sonho...
Deixando que seja meu o teu nada...
No dia quero-te ao segundo,
Mas na noite deixo-te entregue ao sonho, entregue a ti.
Pára o tempo, com a força de quem pára um vulcão,
E perdi duas horas. Ou ganhei duas horas de vida...
No meio da sonolência
Ainda escrevo mais dois versos!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Corpus

Existia uma pulsão,
Muito mais que puro amor...
Era...
Puro desejo, um desejo carnal...
Implícito.
Que a deixava frágil,
um desejo que se desejava que não existisse
e que esse mesmo desejo jamais se manifesta-se...

...

Foi paixão...
...

Olhar e sentir a febre de uma alma perdida por outra,
isto é o amor...

Dias sem fim se proclamavam até então...
Entre solidão e algazarras...

Entre rios e mares de sobressaltos.

Olhei para ti e amei-te!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Lágrima

Quero ter-te como o sangue que me corre nas veias...
...
Sou um deus que busca transcendência em ti.
...
Correm-te lágrimas de desespero,
Brilhavam como se de ouro se tratasse,
E cada uma era um vulcão,
Era dor...
...
Palavras saiam dos teus lábios
Eu ouvia-as, perplexo!
A força, a verdade, o amor, a sinceridade, o movimento...
Tudo ali.
...
Venerei-te em todos os momentos...
...
Respirei as silvas agrestes dos meus erros,
Quis rasgar a carne soltando o que de ti tenho em mim.
...
Quero amar-te sem ter de dizer nada.
Quero que o reconheças no meu olhar.
Quero que tempo páre, o vento deixe de soprar.
...
Quero que morram os deuses e sejas elevada a Trindade.
Quero que os rios sequem e saciar em ti a minha sede.
Quero o sol se apague e guies com a tua luz a minha vida.
...
És tudo, e mais além...
És fronteira da vida, mergulhada em mares de ternura,
És cabo das tormentas.
És o banal, o Olimpo.
Sou Zeus desorientado, ofuscado por ti...
...
No final, apenas te quero...