Hoje quero escrever em prosa
como se o mar me seguisse
e existisse vento e pedra arenosa,
onde a dor escasseia e a água não caisse.
Quero esquecer a rima,
que me tortura me desgasta
nos piores momentos me anima.
Oh minha Musa, minha lucidez
Mostra-me esse caminho, essa cura
Não me digas que é efémera e não dura...
Dá-me alegria, nesta imensa viuvez.
Toquei-te oh Musa pela cintura,
Sentindo-te o corpo e a frescura
de um leve traço e finura
concede-me agora essa postura...
E porque Fim significa o Começo
Deixo-me aqui onde me teço,
fico a viver por quem padeço...
quero acordar em ti, é o que te peço...
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