segunda-feira, 1 de março de 2010

Pantomima

Por entre gestos inacabados
produzem cor e luz e afim.
Onde a mimica traduz a vida
a vida traduz-se em nada.
Continuo a buscar em ti
o que me falta, por entre a maré
que se quer alta...
Vejo risos e sombras
e afundo-me...
No mar calmo, calmas ondas.
Ponho a pena com que escrevo
na sobreira da mesa e me debruço.
Soltam-se raivas e a vida que soluço.
Permaneço sóbrio nos olhos
e embriagado no coração.

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