sábado, 27 de junho de 2009

THEOS

Não sei se me encontre, ou se me perca em mim
Pois sempre que me encontro, perdido me tenho.

Ceifei tudo o que poderia ser fim,
Não quis nada que me fosse virtude.

Pisei parcos perdidos mistérios
Da mesma massa onde em que morri.

Quis ser sábio quando era louco
Quis ser louco e já estava em mim.

Quero o que me resta da vida
Se é que há vida na palma que resta.

Quis o destino que o tédio fosse
Prisão sarcástica que venda e amarra.

Fugi, caí, desisti.
Vi que morri.

"Antunes Sarmento"

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