Hoje estou criança perdida no meio da multidão
Aquela mão perdeu-se entre as gentes,
Tudo tão fúnebre na solidão
Fiquei sentado, ali, à tua enorme leveza, quente.
Não!
Saí corri para te encontrar, em águas, eu criança,
E de sem querer tropecei, numa esperança.
Um velho me disse: “- Porquê choras nessa andança?”
Perdi-me entre uma e outra dança.
Não!
Que raio de escrita me irrompe pela alma!
Era uma doce e eterna calma.
Era a paz em que morria.
Era a vida que me fugia!
Não!
Era eu!
"Antunes Sarmento"
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